A combinação entre arquiteturas serverless e servidores VPS tem se consolidado como uma estratégia eficiente para organizações que buscam mais flexibilidade operacional sem abrir mão de controle sobre infraestrutura crítica.
O objetivo aqui é simples: criar um ecossistema mais dinâmico, reduzir custos e melhorar a escalabilidade.
A partir da integração, você consegue modernizar as aplicações da sua operação. Quer entender como colocar tudo isso em prática? Continue a leitura e descubra!
O que é serverless?
Serverless é um modelo de computação orientado à execução de funções sem a necessidade de provisionar, gerenciar ou escalar servidores manualmente.
Embora existam servidores na camada física, eles são abstraídos pelo provedor da plataforma.
Ou seja, o desenvolvedor escreve funções, define triggers e especifica regras de execução, enquanto a alocação de recursos, balanceamento de carga e escalabilidade automática é controlada pelo serviço.
O conceito se baseia em eventos: uma ação ocorre e o provedor executa a função correspondente, alocando os recursos necessários somente pelo tempo de execução.
Como funciona o serverless?
O serverless depende de três pilares: funções, eventos e runtime gerenciado:
- O desenvolvedor cria funções isoladas que são executadas quando acionadas por triggers definidos;
- O provedor mantém uma infraestrutura altamente distribuída, capaz de inicializar ambientes de execução em poucos milissegundos.
Cada função opera de forma independente, permitindo escalabilidade horizontal instantânea.
O fluxo costuma envolver: definição da função, associação ao trigger, configuração de permissões e implantação.
A partir daí, toda a gestão operacional é automatizada. Como consequência, esse modelo melhora o desempenho em aplicações com picos imprevisíveis e reduz a sobrecarga de servidores tradicionais.
O que é o framework serverless?
O framework serverless é um conjunto de ferramentas que automatiza o deploy e a configuração de funções serverless em provedores.
Ele permite versionamento, organização de múltiplas funções, criação de pipelines CI/CD, controle de logs e definição de permissões.
Com ele, a operação se torna mais reprodutível e previsível, integrando processo de desenvolvimento e manutenção de forma estruturada.
O que é um banco de dados serverless?
Um banco de dados serverless ajusta capacidade e throughput automaticamente, sem que a empresa precise definir tamanhos de instância ou parâmetros de hardware.
O importante aqui é a habilidade de escala com base na demanda, além de ajudar a reduzir custos para aplicativos e eliminar rotinas como manutenção de índices, gerenciamento de discos e cálculos de capacidade.
Qual a relação entre serverless e a cultura DevOps?
A cultura DevOps é focada em automação, entrega contínua, colaboração entre equipes e monitoramento constante.
Já o modelo serverless se encaixa nessa abordagem por reduzir operações manuais, facilitar a criação de pipelines automatizados e permitir que equipes foquem em código e arquitetura, não em servidores.
Diferença entre computação e arquitetura serverless
Outro conceito é a computação serverless, que diz respeito à execução de funções gerenciadas por um provedor.
Essa arquitetura engloba o desenho completo de sistemas nesse modelo, incluindo funções, filas e bancos de dados escaláveis. Com ela, é possível criar uma aplicação totalmente serverless ou integrar seus componentes a outras estruturas, como um VPS.
Implementação do serverless
Para que tudo isso funcione corretamente, é importante entender quais são as etapas necessárias para implementação do serverless.
Definição de triggers e fluxos
O primeiro passo é identificar quais eventos ativarão as funções: requisições HTTP, alterações no banco de dados, uploads de arquivos, mensagens em fila ou timers.
Configuração do ambiente de execução
Depois, é preciso definir linguagem, dependências e variáveis de ambiente. Os provedores oferecem runtimes pré-configurados, mas aplicações que exigem bibliotecas complexas podem usar camadas adicionais para otimizar o carregamento.
Integração com APIs ou microserviços
As funções serverless se conectam a serviços hospedados em um VPS. Isso exige regras de rede específicas, como rotas privadas, VPNs ou túneis SSH para garantir segurança.
Monitoramento e logs
Após a implantação, é importante configurar métricas e logs para acompanhar consumo, latência, falhas e cold starts. Os provedores oferecem ferramentas de monitoramento que podem ser integradas aos sistemas existentes no VPS.
Vantagens e desvantagens do serverless
Assim como existem benefícios em implementar a arquitetura serverless, é preciso analisar alguns pontos de atenção, começando pelas vantagens:
Vantagens
- Escalabilidade automática: as funções se ajustam à demanda instantaneamente, sem necessidade de configurar capacidade;
- Custo baseado em uso real: o pagamento se baseia somente no tempo de execução, reduzindo custos em workloads variáveis;
- Menos sobrecarga operacional: não é necessário administrar servidores, aplicar patches ou dimensionar infraestrutura;
- Desenvolvimento mais rápido: o foco permanece em lógica de negócio, não em infraestrutura.
Desvantagens
- Limitações de tempo de execução: funções geralmente têm tempo máximo para completar tarefas, o que pode limitar operações complexas.
- Cold starts: inicializações lentas podem ocorrer quando funções ficam inativas por longos períodos;
- Ambiente menos customizável: configurações avançadas de rede ou hardware não podem ser controladas diretamente;
- Custos imprevisíveis em workloads constantes: para serviços que ficam ativos o tempo todo, o modelo pode ser mais caro que um VPS tradicional.
O que são contêineres serverless?
Contêineres serverless são ambientes de execução baseados em contêineres que operam dentro do modelo serverless.
Diferente de funções, esses contêineres podem incluir servidores web completos, linguagens não suportadas nativamente pelo provedor e dependências complexas.
Eles são úteis quando há necessidade de migrações customizadas, bibliotecas específicas ou modelos de Machine Learning que não se encaixam em funções tradicionais.
Além disso, permitem controlar o ambiente via Docker, mantendo a automação e escalabilidade.
Quando usar o serverless?
Uma dúvida comum é entender a situação ideal para usar o serverless. Na maior parte dos casos, ele é recomendado para ambientes que variam em intensidade, aplicações orientadas a eventos, APIs com tráfego irregular e processos de automação.
Também é adequado para aplicações em que o tempo de resposta é crítico, mas não dependem de estado persistente no servidor.
No entanto, para serviços que exigem operações contínuas, conexões persistentes ou controle detalhado de infraestrutura, o VPS ainda é a solução mais apropriada.
Justamente por isso que a integração entre os dois modelos se tornou tão estratégica: funções serverless assumem as tarefas baseadas em eventos, enquanto o VPS sustenta os serviços essenciais.
Casos de uso do modelo serverless
Como falamos acima, existem vários cenários de aplicação do modelo serverless, um exemplo disso são empresas que usam funções para processar uploads, validar formulários, automatizar pipelines de dados, enviar notificações e orquestrar fluxos de integração.
Em conjunto com um VPS, elas também podem funcionar como front-end para APIs internas, controlar acessos, realizar auditoria de eventos ou distribuir processamento sem sobrecarregar o servidor principal.
Em ambientes produtivos, é comum que o VPS seja responsável pelo núcleo da aplicação, enquanto funções serverless operam como extensões, realizando tarefas que não exigem execução contínua.
No final, isso reduz o consumo de CPU e memória no servidor principal, melhora latência em rotinas específicas e permite crescimento transparente conforme a demanda aumenta.
Integrar serverless a um servidor VPS é uma estratégia eficiente para empresas que buscam desempenho, escalabilidade e economia operacional. Afinal, você combina o controle total do VPS com a agilidade do serverless.
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