Ser empreendedor está relacionado com movimento e não com abrir uma empresa. É o que afirma Diego Remus, editor-executivo do Startupi, durante a Feira do Empreendedor que aconteceu em Porto Alegre, do dia 27 a 30 deste mês.
Com a frase, Remus quis explicar que o conceito envolve uma questão muito mais ampla do que simplesmente o intuito de ganhar dinheiro. O sentimento que está por trás deve mover todo o ato de empreendedorismo, muito mais do que o lucro que pode ser adquirido.
Na palestra “Startups e o novo consumidor”, ficou claro que o que falta nesta nova geração de empreendedores é que, apesar de terem ao seu lado a tecnologia, a inovação é pouco utilizada. O diferencial de um bom empreendedor é a percepção de maneiras de resolver determinadas questões e trabalhar em cima de situações que podem ser aperfeiçoadas.
Remus afirma que a pessoa que nasceu para empreender tem essa necessidade por entender as coisas, essa curiosidade, desde criança. O que acontece muitas vezes é que, ao amadurecer esse perfil, ele perde a essência do que, de fato, deveria ser empreender. Ou seja, pensar em maneiras inovadoras de aperfeiçoamento em qualquer setor.
“Encontre oportunidade nas dificuldades.”
Onde houver oportunidade de melhorias e inovação, é onde a pessoa com o perfil empreendedor deve apostar. A ideia precisa realmente valer a pena e ter uma razão por trás. Batendo na mesma tecla novamente, não é o motivo financeiro que deve ser o motivador maior.
Outra questão importante é que o modelo de negócio aplicado pelas gerações anteriores já não pode mais ser utilizado. Os clientes, antes considerados apenas números para as empresas, passaram a ser pessoas de verdade, que precisam sentir que estão sendo atingidas de maneira significativa através das ações empreendedoras que surgem. Portanto, as gerações mais novas não devem imitar as antigas, mas sim apoiar-se nas possibilidades de iniciativas criativas que podem gerar mudanças positivas socialmente.
A inovação também consiste em livrar-se do conceito convencional de que, para ser empreendedor, deve-se trabalhar em áreas específicas. É preciso ampliar o campo de abordagem para incluir aí o empreendedor social, que trabalha em uma ONG e até o profissional autônomo.
O recado foi dado. Você, que acha que possui o perfil certo para empreender, saia da sua zona de conforte. Inove mesmo. A ação mais simples, porém criativa, pode ser a chave para alcançar, então, finalmente, o sucesso.
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