Vale começar esse texto considerando o seguinte: você lembra quando se falava que o mobile seria o futuro? Esse futuro não só já chegou, como já é realidade em várias partes do mundo. Aqui no Brasil, estamos passando da fase de engatinhar para dar os primeiros passos em ações que de fato funcionam quando o assunto é mobile. Durante a Conferência de Content e Mobile, promovida pelo Digitalks no último dia 20, entusiastas do marketing digital e da comunicação se reuniram para ouvir profissionais que já estão inseridos na realidade do marketing de conteúdo para mobile, falarem sobre suas impressões do que já foi feito, do que está acontecendo agora, e do futuro do mobile para empresas.
A função de um dispositivo é gerar o engajamento de uma comunidade.
Para que essa comunidade faça compras, compartilhe conteúdos, ou realize qualquer ação que sua empresa julgue importante para a estratégia de vendas ou de conhecimento de marca, é preciso entender o que o seu público busca. Pra isso, será necessário ir além da criação do conteúdo como é conhecida hoje. Transcendendo as dificuldades que tributações, leis e outros obstáculos existentes no Brasil, algumas marcas já demonstraram que sim, é possível criar soluções e conteúdos relevantes para o consumidor.
Mais do que criar e distribuir conteúdos que sejam focados em mobile, a busca maior é pela criação de hábito de consumo desses conteúdos. Um exemplo citado no evento foi o da Netflix. A empresa, que chegou ao Brasil com a promessa de somente oferecer alguns títulos de filmes e séries, já é referência pela criação e produção de séries exclusivas, que conquistaram os mais diferentes tipos de públicos. A criação de hábito diz respeito a mudar o jeito como as pessoas assistem televisão – no caso da Netflix.
Segundo Reinaldo Yoshida, que é líder de ecommerce na IBM, o VALOR, quando relacionado à experiência do cliente, gira em torno de um ciclo:
A diferença de como essa entrega de valor é feita quando o canal é um smartphone ou um tablet, é criar soluções que sejam fáceis para o cliente – afinal, ele também está se acostumando com a ideia de comprar, contratar, ou pesquisar através de seu dispositivo móvel.
O foco do mobile é saber o que entregar, e em que momento fazer isso.
A busca pela inserção no mercado de mobile faz com que muitas empresas criem conteúdos que podem ser legais, porém, não necessariamente úteis ao público que irá acessar essas informações. Portanto, um dos pontos mais destacados durante o evento foi: entregue o que o seu usuário realmente vai aproveitar, seja isso um conteúdo promocional (como um cupom de desconto, por exemplo), ou um conteúdo de reconhecimento. Seja relevante, conheça o seu cliente, trabalhe sempre por algo que irá fidelizar seu cliente. Para isso, alguns passos são indispensáveis:
- Determinar uma linguagem a ser utilizada tanto no mobile quanto em outros canais de comunicação utilizados pela empresa – a integração dessa comunicação faz com que o usuário entenda que a sua empresa é a mesma, independente de estar sendo vista em um smartphone ou em um tablet.
- Frequência de postagem. No impulso de criar um aplicativo, muitas empresas não consideram o fato de que os usuários costumam utilizar alguns aplicativos durante determinado período, e nem sempre mantém o aplicativo em seus dispositivos. Dê motivos aos seus usuários para continuarem utilizando o seu aplicativo.
- Target. Saiba com quem você está falando e, ao planejar a comunicação com esse público, certifique-se de analisar as respostas e resultados de cada uma das ações feitas. Assim, você consegue trabalhar com resultados reais.
Independente do tamanho da sua empresa, ou da empresa para qual você trabalha, é possível encontrar ações e estratégias que possam se adequar a diferentes canais de comunicação de modo que a marca consiga se estabelecer como parâmetro de algum conteúdo e/ou serviço.
O que você achou deste conteúdo?