Nem sempre é possível investir na criação de um site ou mesmo ter o tempo para aguardar um desenvolvimento mais completo. E é por isso que existem páginas estáticas que podem ser geradas com ferramentas como o Jekyll.
Combinando simplicidade com eficiência, reduzindo dependências de servidores dinâmicos e bancos de dados, essas são apenas algumas das características mais positivas dessa solução. Não à toa, é utilizada cada vez mais em situações de desenvolvimento ágil, documentação técnica, blogs e landing pages.
Por isso, neste artigo, vamos detalhar o que é o Jekyll, como ele funciona, suas principais vantagens, os perfis de uso recomendados, além de mostrar como criar um site estático com a ferramenta e sua compatibilidade com soluções de hospedagem como a KingHost.
O que é Jekyll
Jekyll é um gerador de sites estáticos desenvolvido em Ruby, criado originalmente por Tom Preston-Werner, cofundador do GitHub.
A ferramenta converte arquivos Markdown, HTML e outros templates em páginas estáticas prontas para serem hospedadas em um servidor web ou uma CDN.
Ao contrário dos CMS tradicionais como WordPress, que renderizam as páginas no momento do acesso, Jekyll pré-compila todo o conteúdo durante o processo de build.
O resultado disso são páginas leves, de carregamento rápido, sem necessidade de banco de dados ou linguagem de back-end no runtime.
Muito por isso, essa ferramenta é bastante utilizada na criação de blogs, portfólios, documentação técnica e sites institucionais.
Essa solução também é o mecanismo por trás do GitHub Pages, serviço para hospedar sites estáticos diretamente de repositórios Git.
Como funciona
O funcionamento do Jekyll se baseia em um pipeline de transformação de arquivos locais em HTML estático, a partir de uma estrutura simples de diretórios e arquivos de configuração.
Estrutura de diretórios
O projeto em Jekyll segue uma estrutura padronizada. Os arquivos de conteúdo (em Markdown ou HTML), templates (layouts), assets (CSS, JS, imagens) e configurações ficam organizados em pastas específicas como _posts, _layouts, _includes, _data e _site.
A pasta _site é onde o conteúdo final é gerado após o processo de build e é esse diretório que deve ser enviado ao servidor de hospedagem.
Arquivos de configuração (config.yml)
Jekyll utiliza um arquivo _config.yml como fonte principal de configurações do site. Ele permite definir variáveis globais, plugins, caminhos, formatos de permalink, entre outros parâmetros essenciais para o build e comportamento da aplicação.
Templates e layouts
O sistema de templates usa a engine Liquid, desenvolvida pela Shopify. Essa linguagem permite inserir variáveis, condicionais e loops nos arquivos de layout, facilitando a criação de páginas dinâmicas a partir de conteúdo estático.
Layouts e includes são reutilizáveis, otimizando o desenvolvimento e reduzindo duplicações no código.
Conteúdo em Markdown
A maior parte do conteúdo de texto é escrita em arquivos .md. Esses arquivos são convertidos automaticamente para HTML durante o build. O uso de Markdown permite uma escrita rápida, limpa e focada no conteúdo, especialmente útil em blogs ou manuais técnicos.
Geração do site
O comando jekyll build gera o conteúdo final no diretório _site. Alternativamente, jekyll serve inicia um servidor local com hot reload para facilitar testes e ajustes durante o desenvolvimento.
Suporte a coleções personalizadas
Além dos posts e páginas padrão, o Jekyll suporta coleções, que permitem organizar o site de forma mais granular, mantendo a escalabilidade do projeto mesmo com grande volume de conteúdos.
Elas são definidas no _config.yml e armazenadas em diretórios com prefixo _, como _eventos, podendo ter layouts e permalinks próprios.
Principais vantagens
Ainda não ficou claro quais são os pontos positivos? Por isso, separamos quais são os benefícios técnicos e operacionais que essa solução oferece para projetos que priorizam performance, segurança e controle sobre o conteúdo.
Alta performance e carregamento rápido
Por gerar arquivos HTML estáticos, o Jekyll elimina a necessidade de renderizações dinâmicas, reduzindo drasticamente o tempo de resposta e aumentando a pontuação em ferramentas como Google PageSpeed e Lighthouse.
Segurança nativa
Sem a execução de código no servidor e sem acesso a banco de dados, o Jekyll elimina vetores comuns de ataque como SQL Injection, Cross-Site Scripting (XSS) e falhas de autenticação, tornando o ambiente mais seguro por padrão.
Baixo custo operacional
A ausência de servidor dinâmico e banco de dados permite que os sites sejam hospedados em serviços simples de static hosting, o que reduz custos com infraestrutura e manutenção.
Facilidade de versionamento
Por ser baseado em arquivos, o conteúdo pode ser controlado por versionamento via Git, com histórico completo de alterações, possibilidade de branches, pull requests e integração com pipelines de CI/CD.
Flexibilidade na criação de temas e estruturas
O sistema de layouts, includes e dados YAML permite criar sites modulares, com componentes reutilizáveis e lógica condicional, facilitando a manutenção e evolução contínua do projeto.
Para quem é indicado
Uma coisa que ficou clara é que o Jekyll não é uma solução universal. Por conta do seu foco em performance e simplicidade, ele acaba se tornando ideal em contextos específicos, nos quais sua arquitetura oferece vantagens claras.
Projetos institucionais e portfólios
Para empresas ou profissionais que precisam de um site institucional leve, sem necessidade de painéis de administração ou banco de dados, o Jekyll oferece uma solução enxuta e altamente personalizável.
Documentação técnica
Documentações, manuais e guias de produtos ganham agilidade com o uso de Markdown e estrutura modular. É possível versionar a documentação junto ao código e integrar com pipelines de build automático.
Blogs de tecnologia ou conteúdo técnico
Desenvolvedores e empresas de tecnologia frequentemente optam pelo Jekyll para manter blogs técnicos, pois ele permite controle total do código, bom desempenho e fácil integração com repositórios Git.
Landing pages para campanhas
A criação de landing pages independentes, com foco em velocidade de carregamento e SEO, é uma aplicação comum do Jekyll. Ele permite publicação rápida sem dependência de CMS.
Projetos com restrições de segurança
Em ambientes com alto nível de compliance ou exigência de ambientes sem código dinâmico, o Jekyll permite entregar conteúdo estático com conformidade, mitigando riscos operacionais.
Como criar um site com Jekyll
O processo de criação de um site em Jekyll é direto para quem já possui conhecimentos básicos em terminal e Git. Listamos como fazer esse fluxo.
1. Instalação dos pré-requisitos
O Jekyll é escrito em Ruby, portanto, é necessário ter o Ruby e o RubyGems instalados. Além disso, é recomendável ter o Bundler para gerenciar dependências do projeto.
2. Criar um novo projeto
Com o Jekyll instalado, basta executar:
jekyll new nomedosite
cd nomedosite
Isso vai criar a estrutura básica do projeto com layout inicial, posts de exemplo e arquivos de configuração.
3. Rodar o servidor local
Para visualizar o site localmente com hot reload, use:
O conteúdo estará disponível em http://localhost:4000.
4. Personalizar o conteúdo
Altere os arquivos em _posts, edite o _config.yml, crie novos layouts e personalize os includes. Tudo é feito via código e arquivos de texto.
5. Adicionar plugins (opcional)
É possível instalar plugins para gerar sitemaps, integrar com o Google Analytics, minificar arquivos, entre outras funcionalidades. Basta adicioná-los ao Gemfile e configurar no config.yml.
6. Gerar os arquivos estáticos
O conteúdo será gerado em _site, pronto para ser hospedado.
7. Publicar na hospedagem de sua escolha
Basta transferir o conteúdo da pasta _site para seu servidor via FTP, rsync, GitHub Actions ou qualquer outra ferramenta de deploy.
Compatibilidade com hospedagem KingHost
Por se tratar de tecnologias que rodam 100% no navegador, o Jekyll é compatível com a grande maioria das hospedagens. Isso, é claro, inclui a KingHost, que vai permitir armazenar os projetos com segurança e performance.
Na prática, a infraestrutura oferece suporte a ambientes otimizados para esse tipo de aplicação, com certificados SSL gratuitos, controle de cache e domínios personalizados.
Entre os diferenciais da KingHost para projetos com Jekyll, você conta com:
- Hospedagem em servidores nacionais, com menor latência e melhor experiência para usuários no Brasil;
- Painel de controle intuitivo, facilitando a publicação via FTP, SFTP ou gerenciador de arquivos;
- Certificado SSL gratuito via Let’s Encrypt, ideal para projetos institucionais ou blogs com HTTPS obrigatório;
- Monitoramento e suporte técnico especializado, com atendimento local e foco em performance;
- Compatibilidade com Git, facilitando deploy contínuo a partir de repositórios.
Mesmo sem executar Ruby no servidor, a KingHost suporta a hospedagem de conteúdo estático gerado pelo Jekyll, bastando publicar os arquivos finais da pasta _site.
Ficou claro, então, que o Jekyll é uma ferramenta poderosa para criação de sites estáticos, oferecendo alta performance, segurança e controle total sobre o projeto.
Para empresas e profissionais que buscam soluções leves, ágeis e com baixo custo de manutenção, é uma alternativa sólida às plataformas tradicionais baseadas em CMS dinâmicos.
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