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Edge computing e hospedagem de sites: o que muda para profissionais

Publicado em 27/10/2025

Atualizado em 28/10/2025
Imagem mostra pessoa mexendo em computador, ilustrando o processo de edge computing.

O edge computing inverte a lógica da nuvem: em vez de enviar todos os dados brutos para um data center centralizado para processamento, ele executa uma parte da computação em ou perto da fonte física dos dados.

Levar alguma informação até o limite de um local nem sempre é algo ruim, afinal, o caminho até o próximo destino fica menor, não é mesmo? Quando falamos em edge computing, essa analogia pode funcionar muito bem.

Especialmente quando o assunto é hospedagem de sites e aplicações online, ao aproximar o processamento dos dados do usuário final, essa arquitetura reduz latência, melhora o desempenho e amplia as oportunidades.

Como tudo isso acontece na prática? Continue a leitura para tirar as suas dúvidas!

Como funciona o edge computing

O edge computing é um modelo de processamento distribuído que leva a capacidade computacional para o limite da rede.

Ou seja, a informação está mais próxima do ponto em que foi gerada. Assim, em vez de enviar todos os dados para um servidor central, parte do processamento ocorre localmente, reduzindo o tempo de resposta e a sobrecarga de tráfego entre dispositivos e data centers.

Processamento de dados local próximo ao ponto de geração

No edge computing, o processamento acontece em dispositivos chamados edge nodes ou edge devices, que podem estar localizados em roteadores, gateways, antenas de telecomunicação ou até mesmo em equipamentos industriais e sensores.

Essa descentralização permite que decisões sejam tomadas quase em tempo real, eliminando a dependência de um servidor remoto para tarefas críticas.

Por exemplo, um sistema de controle de tráfego em uma cidade inteligente pode processar dados de câmeras e sensores para ajustar sinais de trânsito em segundos, sem precisar enviar cada informação a um data center distante.

Redução de latência e aumento de velocidade

A principal vantagem dessa abordagem é a redução drástica da latência, ou seja, o tempo entre o envio e o recebimento de uma resposta.

Em aplicações sensíveis, como veículos autônomos, plataformas de streaming ou sites com alto volume de acessos ao mesmo tempo, a diferença entre milissegundos pode impactar na experiência do usuário.

Na hospedagem de sites, por exemplo, provedores que adotam uma infraestrutura edge conseguem entregar conteúdo mais rapidamente, posicionando servidores mais próximos dos usuários finais.

Integração com sistemas na nuvem

Embora o edge computing descentralize parte do processamento, ele não substitui completamente a cloud computing. Na verdade, as duas se complementam.

Os sistemas baseados em nuvem continuam sendo responsáveis pelo armazenamento, análise avançada e aprendizado de máquina em larga escala, enquanto o edge processa informações que exigem resposta imediata.

Essa integração cria uma arquitetura escalável em que os dados críticos são tratados localmente e, posteriormente, sincronizados com servidores centrais para consolidação e análise estratégica.

Diferença entre edge computing e cloud computing

A principal distinção entre edge computing e cloud computing está no local e na forma como os dados são processados.

No modelo tradicional de nuvem, todas as informações são enviadas para data centers centralizados, onde ocorre o armazenamento e o processamento.

Essa abordagem oferece escalabilidade e custo otimizado, mas pode sofrer com latência elevada e dependência de conectividade estável, especialmente quando há distância geográfica entre o usuário e o servidor.

Já o edge computing distribui o processamento, levando parte da carga computacional para pontos periféricos da rede, o que permite respostas mais rápidas e melhor controle sobre dados sensíveis.

Por conta disso, o cloud computing é mais indicado para aplicações que exigem grande capacidade de armazenamento e processamento intensivo, como análise de big data, aprendizado de máquina em larga escala, backups corporativos e plataformas SaaS complexas.

O edge computing, por outro lado, é a melhor escolha quando há necessidade de baixa latência, alta disponibilidade e resposta imediata, como em dispositivos de IoT, monitoramento industrial, automação de processos e hospedagem de conteúdo dinâmico regionalizado.

Principais aplicações

Um dos pontos positivos do edge computing é justamente a sua aplicação em vários setores diferentes, mas sempre entregando otimização de tempo de resposta e a redução na sobrecarga da rede.

Internet das Coisas (IoT)

A IoT é uma das áreas que mais se beneficia do edge computing. Dispositivos conectados (como sensores, câmeras e medidores inteligentes) geram grandes volumes de dados continuamente.

Processar parte dessas informações localmente reduz a necessidade de tráfego constante para a nuvem e melhora a eficiência operacional.

Por exemplo, em uma planta industrial, sensores podem identificar falhas de equipamento e acionar alertas automáticos em segundos, sem depender de comunicação com servidores remotos.

Veículos autônomos

Em carros autônomos, o edge computing é essencial para garantir decisões instantâneas baseadas em dados de câmeras, radares e sensores de proximidade.

O tempo de reação de milissegundos é vital para a segurança, algo que seria inviável se cada decisão dependesse de uma conexão com servidores distantes.

Smart cities e cidades inteligentes

Cidades conectadas utilizam redes de sensores e dispositivos edge para monitorar tráfego, consumo de energia, segurança pública e serviços urbanos.

O processamento local permite respostas automatizadas e inteligentes, como controle de iluminação pública de acordo com o fluxo de pedestres ou ajustes dinâmicos em sistemas de transporte.

Em resumo, a tecnologia permite que essa análise desses dados ocorra localmente, em nós distribuídos pela cidade, possibilitando respostas mais rápidas e eficientes dos serviços urbanos.

Indústria 4.0 e manufatura inteligente

No setor industrial, o edge computing pode ser integrado a sistemas de automação e controle, possibilitando o conceito de manufatura inteligente.

Ao processar dados diretamente em máquinas e linhas de produção, é possível detectar anomalias, ajustar parâmetros e reduzir desperdícios em tempo real, aumentando produtividade e reduzindo custos operacionais.

Benefícios do edge computing

Utilizar essa tecnologia abre uma série de oportunidades para a sua operação, o que pode impactar diretamente na experiência dos usuários.

  • Redução de latência e resposta em tempo real: o processamento local diminui o tempo entre a coleta e a análise dos dados, essencial para aplicações críticas e hospedagens com alto tráfego simultâneo;
  • Menor consumo de largura de banda: como apenas informações relevantes são enviadas à nuvem, o volume de tráfego reduz, otimizando custos de rede e infraestrutura;
  • Maior segurança e privacidade dos dados: o tratamento de dados localmente reduz a exposição de informações sensíveis durante a transmissão, fortalecendo a conformidade com regulamentos de proteção de dados;
  • Eficiência em aplicações críticas e sensíveis: setores como saúde, energia e transportes se beneficiam da capacidade de processamento descentralizada, garantindo resiliência e continuidade operacional.

Desafios e limitações

Apesar das vantagens, a implementação de edge computing exige planejamento técnico e gerencial para evitar falhas na sua operação.

Gestão de múltiplos dispositivos

Um dos principais desafios está em gerenciar um grande número de dispositivos distribuídos. Cada ponto de processamento precisa ser monitorado quanto a desempenho, segurança e atualização de firmware.

Soluções de edge orchestration e plataformas de gerenciamento centralizado têm sido desenvolvidas para facilitar esse controle, mas exigem investimentos em automação e observabilidade.

Custos de infraestrutura distribuída

Embora reduza custos operacionais de rede, o edge computing pode demandar investimentos mais altos em hardware e conectividade local.

Empresas precisam avaliar o retorno financeiro do modelo antes de expandir sua adoção, considerando aspectos como manutenção, energia e escalabilidade física dos pontos de borda.

Manutenção e atualização de edge devices

Enquanto os data centers centralizados permitem atualizações remotas em lote, os dispositivos na ponta dos sistemas podem estar espalhados em vários locais, o que aumenta a complexidade de suporte técnico e atualização de software.

Por isso, estratégias como OTA (Over-The-Air Updates) e uso de contêineres leves estão sendo amplamente adotadas para simplificar esse processo.

O edge computing redefine a forma como dados são processados, armazenados e entregues, aproximando a infraestrutura digital do usuário final. Especialmente em operações em que latência, escalabilidade e segurança fazem a diferença no resultado final da entrega ao cliente.

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Daiane
Daiane Corrente
Daiane é formada em Publicidade e Propaganda pela UNIJUÍ, com especialização em Marketing pela USP e graduanda em Análise e Desenvolvimento de Sistemas na Uniasselvi. Ela une comunicação, marketing e tecnologia para criar conteúdos estratégicos, informacionais e otimizados para o blog da KingHost.
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Daiane Corrente
Daiane é formada em Publicidade e Propaganda pela UNIJUÍ, com especialização em Marketing pela USP e graduanda em Análise e Desenvolvimento de Sistemas na Uniasselvi. Ela une comunicação, marketing e tecnologia para criar conteúdos estratégicos, informacionais e otimizados para o blog da KingHost.

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