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Migrar para nuvem: passo a passo e tudo o que você precisa saber

Publicado em 28/05/2020

Atualizado em 23/09/2025
Imagem mostra mulher ao telefone, mexendo no notebook, ilustrando migrar para nuvem.

A decisão de migrar para nuvem a infraestrutura do seu negócio desbloqueia uma série de vantagens estratégicas e financeiras que são difíceis de alcançar com modelos tradicionais. Para os gestores, porém, é fundamental entender as particularidades desse processo para que tudo funcione da melhor forma.

Um dos movimentos mais comuns atualmente é migrar para nuvem todas as suas questões de hospedagem. O problema, porém, é que não se trata de uma tarefa simples de ser feita, exigindo muito cuidado para que tudo dê certo.

Para que você consiga aproveitar todos os benefícios da tecnologia cloud, portanto, separamos tudo o que você precisa saber para fazer a migração de maneira estratégica e os cuidados necessários ao longo desse processo.

Continue a leitura e confira!

O que é servidor na nuvem (cloud)

Um servidor na nuvem é uma instância de computação virtualizada que opera sobre um pool de recursos de hardware físico, gerenciado por um provedor de nuvem.

Ou seja, diferente de um servidor físico, a opção em nuvem não está atrelada a um único hardware. Ela é definida por software e pode ter seus recursos (CPU, RAM, armazenamento) provisionados, desprovisionados e ajustados sob demanda.

Benefícios de migrar servidores para a nuvem

Os motivos de investir na migração para o ambiente de cloud são muitos e, sem dúvidas, podem potencializar o seu negócio.

1. Redução de custos

Redução de custos é um dos principais fatores que seduzem as empresas a abandonar sua estrutura atual e migrar seus dados para a nuvem.

O custo para manter uma estrutura na nuvem é muito menor quando comparado com o investimento necessário para manter uma estrutura física na sua empresa.

Em uma infraestrutura na nuvem não é necessário investir em manutenção, refrigeração, links de internet, entre outros custos que fazem parte do pacote de uma estrutura física.

Além disso, o custo para realizar upgrade de recursos na nuvem é bastante reduzido quando comparado ao custo para adquirir novos servidores.

2. Mais segurança

Servidores na nuvem seguem uma série de normas de segurança extremamente rígidas que vão desde controle de acesso até ferramentas de segurança em níveis muito avançados, como a proteção contra ataques DDoS e firewalls de última geração.

Outra vantagem de adotar a nuvem na sua empresa é a economia que ela oferece em termos de segurança. Seguir normas de segurança é um processo bastante caro para a maioria das empresas e, ao migrar para cloud, esse custo fica a cargo da empresa contratada para prover a infraestrutura.

3. Escalabilidade

À medida que sua empresa cresce, a demanda por recursos aumenta, certo? 

Com a nuvem esse processo de escalar recursos é bastante facilitado, uma vez que o dimensionamento de recursos, seja para aumentar ou diminuir, é simples e muito mais barato do que a compra de servidores físicos, por exemplo.

Sem contar que a maioria das soluções em nuvem cobram apenas pelos recursos que sua aplicação precisa, sem a necessidade de reservar recursos e pagar por eles sem utilizá-los.

4. Simplificação dos processos de gestão e gerenciamento

Rotinas de backup e recursos de monitoramento automáticos, além de uma série de outras ferramentas que contribuem para que a nuvem seja uma solução central para maximizar a produtividade das equipes.

Não é necessário estar fisicamente no datacenter para realizar manutenções, backups, atualizações ou qualquer outra rotina de manutenção, o que acaba aumentando a autonomia e produtividade dos times técnicos da empresa.

5. Aumento da competitividade

Ao passar dos anos a tecnologia do cloud computing tomou o lugar de curiosidade indispensável no dia a dia de diversas empresas.

Hoje em dia trabalhar com soluções na nuvem é uma forma de manter empresas competitivas e dá a pequenas e médias empresas a possibilidade de brigar a altura com grandes corporações.

Seja pelo custo bastante reduzido para implementar uma infraestrutura robusta ou pela possibilidade de escalar recursos de acordo com o crescimento dos negócios.

6. Estabilidade dos servidores

Uma das maiores vantagens de migrar para uma infraestrutura na nuvem é, sem dúvidas, a estabilidade que ela oferece. 

Estruturas em cloud computing são planejadas e dimensionadas com altas cargas de redundância, garantindo que suas aplicações estejam sempre no ar, mesmo em situações de falha de algum servidor, por exemplo.

Tipos de servidores na nuvem

Dentro desse processo de mudança, é importante entender que são vários os tipos de servidores em nuvem que podem ser utilizados.

IaaS (Infrastructure as a Service)

Na Infraestrutura como Serviço (IaaS), o provedor de nuvem é responsável pela infraestrutura física (servidores, redes, armazenamento) e pela camada de virtualização. O cliente, por sua vez, recebe acesso a esses recursos brutos para construir seu ambiente.

Nesse modelo, você é responsável por gerenciar tudo a partir do sistema operacional: instalar o SO, aplicar patches de segurança, configurar o middleware, o runtime e, finalmente, sua aplicação.

O IaaS oferece o máximo de controle e flexibilidade, sendo ideal para a migração de aplicações legadas com o mínimo de alterações ou para equipes que necessitam de controle total sobre a configuração do ambiente.

PaaS (Platform as a Service)

Agora, o nível de abstração é maior. O provedor gerencia não apenas a infraestrutura física e a virtualização, mas também o sistema operacional, o middleware e o ambiente de execução.

O cliente é responsável apenas por sua aplicação e seus dados. Você simplesmente faz o deploy do seu código, e a plataforma se encarrega de escalar, balancear a carga e manter o ambiente operacional.

O PaaS acelera drasticamente o desenvolvimento, pois elimina a necessidade de gerenciamento de servidores, sendo ideal para o desenvolvimento de novas aplicações nativas para a nuvem.

SaaS (Software as a Service)

Embora não seja um “servidor” no sentido tradicional para o cliente, o Software como Serviço (SaaS) é um modelo de consumo em nuvem fundamental na estratégia de migração.

Neste caso, o provedor oferece uma aplicação completa, gerenciando toda a infraestrutura e o software. O cliente simplesmente utiliza o serviço através de um navegador ou API.

Essa é a forma mais simples de consumo em nuvem, eliminando qualquer preocupação com a infraestrutura subjacente.

Como planejar e migrar para nuvem

Com tudo isso em mente, é o momento de começar a migrar para a nuvem. Vamos lá!

1. Planeje a migração

O primeiro passo para migrar para cloud é planejar todas as etapas da migração. 

Nesta etapa é importante envolver todos os setores que serão impactados pela mudança e traçar um planejamento completo.

Fazendo isso você vai evitar que algumas coisas passem despercebidas, levantando em consideração questões técnicas, logísticas, financeiras e legais sobre a migração.

2. Documente tudo

Antes de começar a migrar os dados para a nuvem, é importante que sua equipe documente tudo para não deixar nenhuma informação importante de fora e para que facilite a solução de qualquer problema que possa surgir.

3. Crie etapas de migração

Como em qualquer processo de tecnologia é importante testar a migração antes de efetivamente iniciar.

Além disso, é indicado que a migração ocorra em partes, facilitando o processo e reduzindo potenciais falhas e refações.

4. Analisar os fornecedores

A escolha do provedor dos serviços na nuvem é um dos pontos preponderantes para o sucesso da migração. 

Escolher uma empresa sólida e com um time técnico especializado vai evitar dores de cabeça futuras para sua empresa.

Durante a escolha do provedor dos serviços é importante analisar não somente questões relacionadas a quantidade de recursos que será disponibilizada, mas também entrar a fundo para entender as políticas de segurança da empresa, além das suas rotinas de atualizações e manutenção do servidor.

5. Contar com uma equipe preparada

A tecnologia na nuvem, também conhecida como cloud computing, está aí para auxiliar empresas a potencializar suas soluções digitais, mas sem pessoas capacitadas, tanto no provedor da nuvem como na sua empresa, esse processo pode não funcionar como deveria.

Garantir que na sua empresa existam pessoas técnicas capacitadas para realizar determinadas ações nos servidores é extremamente fundamental para garantir a saúde e performance das suas máquinas durante e após a migração.

6. Ajustar as aplicações

Antes de fazer a migração, é preciso analisar como as suas aplicações serão executadas na nuvem. 

Faça um estudo para entender como se dará o comportamento das aplicações na nova infraestrutura e realize ajustes se necessário.

Sem contar que esse processo dará uma boa visão para sua equipe entender as novas particularidades e comportamentos da nova estrutura.

7. Testar a migração

Após realizar a análise e mapear todos os pontos da migração, é extremamente necessário realizar testes na nova infraestrutura. 

Mesmo em situações de pouca ou quase nenhuma mudança é vital para o sucesso da migração realizar testes de stress e carga, testes de segurança e performance

Tudo para garantir que a migração ocorreu bem e que a nova infra está preparada para rodar com total capacidade.

Boas práticas durante a migração

Para garantir uma transição suave e segura, algumas práticas são essenciais durante todo o projeto.

  • Realize um assessment detalhado do ambiente on-premise: antes de qualquer movimento, mapeie todas as suas aplicações, servidores, dependências de rede e requisitos de performance e segurança. Entender profundamente o estado atual é pré-requisito para planejar o estado futuro;
  • Implemente uma arquitetura de nuvem segura desde o início: não deixe a segurança para depois. Utilize os princípios de frameworks como o AWS Well-Architected para projetar uma base segura, definindo redes virtuais (VPCs), grupos de segurança, políticas de identidade e acesso (IAM) e criptografia desde o primeiro dia;
  • Desenvolva um plano de gestão de custos: a facilidade de provisionar recursos na nuvem pode levar a gastos descontrolados. Crie um plano de governança de custos, utilizando tags para alocar despesas, configurando alertas de orçamento e utilizando ferramentas de otimização de custos para garantir que você não tenha surpresas na fatura;
  • Teste exaustivamente antes do cutover final: crie um ambiente de teste na nuvem que seja uma réplica do seu ambiente de produção. Realize testes de performance, segurança e funcionalidade para validar que a aplicação se comporta como esperado. Somente após a validação completa, planeje a janela de virada para minimizar o impacto no negócio.

Desafios comuns e como superá-los

Mesmo fazendo tudo isso acima nas orientações dos últimos dois tópicos, ainda é provável que apareçam alguns desafios que você precisa ter muito cuidado.

A gestão de custos e o risco do susto financeiro

O modelo de pagamento por uso, embora flexível, pode ser uma armadilha. Um recurso deixado ligado por engano ou uma configuração de auto-escalonamento mal ajustada pode gerar uma fatura alta.

A solução para esse desafio é a adoção de uma cultura de FinOps em cloud, que une as equipes de finanças, tecnologia e negócios para gerenciar os custos da nuvem de forma colaborativa e orientada a dados.

O modelo de responsabilidade compartilhada em segurança

Na nuvem, a segurança é uma responsabilidade compartilhada entre o provedor e o cliente. O provedor é responsável pela “segurança da nuvem” (a infraestrutura física), enquanto o cliente é responsável pela “segurança na nuvem” (configuração de rede, gerenciamento de acesso, segurança dos dados e da aplicação).

O desafio é entender claramente essa linha de responsabilidades. A superação passa por educar a equipe sobre o modelo e utilizar as ferramentas de segurança oferecidas pelo provedor para configurar corretamente sua porção da responsabilidade.

A complexidade e a necessidade de novas competências

Operar em um ambiente de nuvem exige um conjunto de habilidades diferente da administração de TI tradicional. Competências em arquitetura de nuvem, automação (infraestrutura como código), segurança em nuvem e DevOps são essenciais.

O desafio de aprendizagem, portanto, é real. Para superá-lo, as empresas devem investir pesadamente no treinamento e na certificação de suas equipes internas, além de, quando necessário, buscar parceiros especializados para apoiar na fase inicial da jornada.

Compreender os diferentes modelos de serviço, adotar um framework de migração estruturado e estar preparado para os desafios de segurança e gestão de custos são os fatores que separam uma migração mais eficiente.

Agora que você entendeu exatamente como migrar para nuvem, é hora de conhecer os planos da KingHost!

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Vinícius
Vinícius Pereira
Graduado em Marketing, membro do time da KingHost. Apaixonado por marketing de conteúdo e Rock N’ Roll.
Vinícius
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Graduado em Marketing, membro do time da KingHost. Apaixonado por marketing de conteúdo e Rock N’ Roll.

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