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Veja o que é load balance e como funciona

O balanceamento de carga, load balance, é uma configuração utilizada para redistribuir as requisições entre dois ou mais webservers, visando repartir recursos como banda e de hardware e para garantir convergência e alta disponibilidade do serviço. Ou seja, um fator fundamental pensando na performance das suas páginas, serviços e servidores.
Publicado em 02/07/2018

Atualizado em 01/07/2025
Mulher usando casaco de pelo com seu notebook, entendendo o que é load balance.

Uma falha na distribuição do tráfego entre os seus servidores pode ser o suficiente para perder uma venda ou criar uma experiência ruim para o seu cliente. Por conta disso, conceitos como load balance, ou balanceamento de carga, são relevantes pensando na performance das suas páginas.

Muito por conta do crescimento do uso de aplicações web e arquiteturas em nuvem, a complexidade para gerenciar essa infraestrutura aumentou. Agora, o desafio é conseguir distribuir as requisições de entrada entre vários servidores, o que é solucionado com o load balance.

Por isso, mais do que uma solução técnica, é um pilar fundamental para empresas que desejam operar com continuidade, mesmo diante de picos de tráfego, falhas pontuais ou atualizações de sistema.

Quer entender como esse conceito impacta no seu negócio? Continue a leitura para tirar as suas dúvidas!

O que é load balance?

Load balance é uma técnica que consiste em distribuir, de forma inteligente, requisições e cargas de trabalho entre múltiplos servidores, links ou recursos de rede, visando otimizar o uso da infraestrutura, aumentar a disponibilidade do serviço e reduzir gargalos.

Essa estratégia evita que um único servidor concentre todo o tráfego, o que poderia causar lentidão ou falhas por sobrecarga.

O balanceador de carga (load balancer) age como intermediário entre o cliente e os servidores, decidindo dinamicamente para onde enviar cada solicitação.

A tecnologia pode ser aplicada tanto em redes locais quanto em ambientes de nuvem, e é compatível com múltiplos protocolos (HTTP, HTTPS, TCP, UDP, etc.), sendo muito utilizada em aplicações críticas, como plataformas financeiras, e-commerces e serviços de streaming.

Como funciona o load balance na prática

Na prática, o load balance funciona como um ponto de entrada único para o tráfego. Toda requisição que chega a uma aplicação é primeiro direcionada ao load balancer, que então encaminha a solicitação para um dos servidores do cluster, de acordo com critérios definidos.

Esses critérios variam conforme a estratégia de balanceamento adotada. Algumas das abordagens mais comuns incluem:

  1. Round Robin: distribui as requisições sequencialmente entre os servidores;
  2. Least Connections: envia a nova requisição ao servidor com menos conexões ativas;
  3. IP Hash: direciona com base no hash do IP do cliente, útil para manter sessões persistentes;
  4. Weighted Round Robin: atribui pesos diferentes aos servidores, considerando sua capacidade.

Além disso, os load balancers monitoram constantemente a saúde dos servidores (health checks).

Se um nó estiver indisponível ou apresentando falhas, ele é automaticamente removido da lista de distribuição, garantindo que os usuários não sejam impactados.

Por que o load balance é importante

O uso de load balance vai além da simples organização do tráfego. Ele tem um impacto direto em diversos aspectos estratégicos da operação digital de uma empresa.

Alta disponibilidade

O balanceamento de carga assegura que o serviço continue disponível mesmo se um ou mais servidores falharem. A redistribuição automática reduz o risco de interrupções e permite failover transparente.

Melhor desempenho

Distribuindo as requisições de forma equilibrada, o load balance reduz a latência percebida pelos usuários, melhora o tempo de resposta das aplicações e otimiza o uso da CPU e memória dos servidores envolvidos.

Escalabilidade horizontal

Com o balanceamento de carga, é possível escalar a infraestrutura horizontalmente, adicionando novos servidores ao cluster conforme a demanda cresce. Isso permite crescimento sustentável sem necessidade de interrupções.

Redução de custos operacionais

Ao otimizar a utilização dos recursos disponíveis, a empresa evita a sobrecarga de servidores isolados e pode adiar investimentos em hardware ou instâncias adicionais, mantendo a eficiência da operação.

Manutenção sem downtime

O tráfego pode ser redirecionado temporariamente enquanto um servidor é atualizado, evitando janelas de manutenção que afetem os usuários. Essa flexibilidade é crucial em sistemas que operam 24/7.

Casos em que o load balance é essencial

Há cenários específicos em que o uso de load balance não é apenas recomendado, mas crítico para o sucesso operacional do seu negócio.

Plataformas com grande volume de acessos simultâneos

Empresas que operam marketplaces, e-commerces ou serviços financeiros sofrem com picos súbitos de tráfego. Sem balanceamento, servidores únicos rapidamente ficam sobrecarregados, gerando falhas.

Ambientes de missão crítica

Sistemas hospitalares, plataformas de segurança, soluções bancárias e ERPs não podem ficar indisponíveis. O load balance garante continuidade mesmo diante de falhas isoladas.

Sistemas baseados em microserviços

Arquiteturas modernas, especialmente em containers com Kubernetes, dependem de mecanismos para orquestrar e direcionar tráfego corretamente entre serviços. Load balancers são fundamentais nesse modelo.

Soluções SaaS com multi-regiões

Empresas que atendem usuários globalmente precisam direcionar o tráfego para servidores geograficamente mais próximos do usuário. Isso reduz latência e melhora a experiência, sendo viável com balanceadores globais.

Ambientes híbridos e multicloud

Em infraestruturas que combinam data centers locais com nuvem pública ou múltiplos provedores de nuvem, o load balance permite a distribuição transparente e resiliente entre diferentes plataformas.

Como fazer o load balance de forma eficiente

Implementar load balance envolve a escolha da tecnologia adequada ao seu ambiente e à complexidade da sua aplicação. Antes de começar, é preciso conhecer as abordagens mais utilizadas:

  1. Hardware Load Balancers: soluções físicas como F5 BIG-IP e Citrix ADC, indicadas para data centers com alta exigência de performance e controle granular;
  2. Software Load Balancers: ferramentas como HAProxy, NGINX e Apache Traffic Server, com boa performance e flexibilidade para ambientes Linux-based;
  3. Load balancers em nuvem: alguns provedores já oferecem soluções gerenciadas com integração nativa à infraestrutura cloud.

Agora, pensando na implementação, é necessário:

Configurar os servidores de backend, garantindo que estejam operacionais e respondam aos health checks. Depois, definir a política de balanceamento, considerando o tipo de aplicação, volume de tráfego e requisitos de sessão.

Em seguida, é hora de integrar o load balancer ao DNS ou ao gateway de entrada, para que todas as requisições passem por ele. Não se esqueça de testar cenários de failover, performance e distribuição para validar o funcionamento em carga real.

E, por fim, o monitoramento contínuo é fundamental. Logs, dashboards e alertas devem acompanhar a performance do balanceador e dos servidores por trás dele.

Diferença entre load balance e CDN

Apesar de serem frequentemente utilizados juntos, load balancer e CDN (Content Delivery Network) têm funções diferentes.

O load balancer atua no plano de controle da infraestrutura, distribuindo requisições entre múltiplos servidores que processam essas solicitações.

A CDN, por outro lado, armazena conteúdos estáticos (como imagens, vídeos, scripts e folhas de estilo) em servidores espalhados geograficamente, entregando esse conteúdo a partir do ponto mais próximo do usuário.

Em outras palavras, enquanto o load balance otimiza a entrega dinâmica e a distribuição da carga computacional, a CDN foca na entrega rápida de conteúdo cacheado, aliviando a carga do servidor de origem e melhorando a experiência do usuário final.

Como o load balance contribui para segurança e estabilidade

Além de tudo isso, o balanceamento de carga tem um papel essencial na construção de um ambiente mais seguro e estável para as suas operações.

Redução de superfície de ataque

Como o load balancer atua como um ponto de entrada único, é possível esconder os servidores reais da aplicação atrás dele, dificultando a identificação de alvos diretos para ataques.

Além disso, o balanceador pode incluir funções de firewall, WAF (Web Application Firewall) e validação de certificados SSL/TLS, centralizando os controles de segurança.

Mitigação de ataques DDoS

Ao distribuir o tráfego entre múltiplos servidores, o load balance ajuda a absorver ataques de negação de serviço, reduzindo o impacto sobre instâncias específicas. 

Quando combinado com ferramentas de mitigação e filtros IP, se torna uma barreira eficaz.

Alguns serviços em nuvem integram balanceamento com proteção avançada contra tráfego malicioso.

Isolamento de falhas

Se um servidor apresenta comportamento anômalo — seja por falha técnica ou por estar comprometido — o load balancer o remove automaticamente da lista de backends, protegendo os usuários e o restante da infraestrutura.

Essa capacidade de autorrecuperação reduz o risco de propagação de falhas ou de indisponibilidade prolongada.

Garantia de consistência durante atualizações

Durante atualizações de software ou mudanças na aplicação, o tráfego pode ser redirecionado para servidores não afetados. Isso evita exposição de versões instáveis ou falhas de compatibilidade.

O blue/green deployment e o canary release, por exemplo, dependem de balanceadores para alternar entre versões com base em regras pré-definidas.

A implementação de load balance é um passo obrigatório para empresas que operam em escala, com sistemas que exigem alta disponibilidade, baixa latência e tolerância a falhas.

Além de otimizar os seus recursos, o balanceador melhora a experiência do usuário, protege contra sobrecargas e falhas, e contribui para a segurança do ambiente.

Mais do que uma solução técnica, o balanceamento de carga representa uma mudança na forma como as infraestruturas modernas são pensadas: distribuídas, resilientes e escaláveis.

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Vanessa
Vanessa de Oliveira Mello
Cursando Engenharia de Software, trabalha há 10 anos com T.I. Apaixonada por infraestrutura, redes, programação e indie rock dos anos 90.
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Vanessa de Oliveira Mello
Cursando Engenharia de Software, trabalha há 10 anos com T.I. Apaixonada por infraestrutura, redes, programação e indie rock dos anos 90.

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