O que é e como implementar a inovação disruptiva
Inovação disruptiva é o tipo da expressão que chama a atenção e que pode ser tanto um tema de reuniões em sua empresa quanto em uma animada mesa de bar. O assunto é mesmo empolgante e existe um motivo para isso: são as inovações disruptivas que fazem os mercados evoluírem, novas soluções para suas necessidades serem desenvolvidas e proporcionam uma experiência nova em termos de consumo e até no modo como tocamos a vida.
Inovação disruptiva não é simplesmente adicionar novas características a um produto ou serviço existente. Trata-se de encontrar maneiras novas de solucionar as necessidades dos clientes que ainda não foram atendidas ou eram atendidas com um alto custo.
A internet é um exemplo dessas inovações disruptivas. Com o seu surgimento, a maneira como as pessoas se comunicam e o conhecimento é compartilhado mudou drasticamente, criando um amplo novo mercado, que incluiu oportunidades de trabalho para designers e programadores criarem sites, redatores usarem suas técnicas de copywriting, empresas SaaS venderem seus softwares como serviços pagos mensalmente e muitas outras atividades.
Mas afinal, como surgem as inovações disruptivas? É isto que vamos abordar nesta postagem.
Como surge uma inovação disruptiva
A inovação disruptiva, também chamada de inovação descontínua, se opõem à inovação incremental (ou contínua).
Isso é fácil de entender: uma inovação incremental é aquela que as empresas usam simplesmente para que seus clientes enxerguem algum valor a mais em seus produtos atuais, consumidos pelos clientes atuais.
Por exemplo: por muitos anos, no Brasil, era muito raro encontrar modelos de veículos com câmbio automático. Hoje, é muito comum adquirir esse tipo de modelo de carro automático.
Trata-se de uma típica inovação contínua ou incremental: o produto melhorou um pouco, mas sem grandes novidades. Isso acontece porque grandes corporações, com mercados cativos, preferem não se arriscar em criar algo totalmente novo, fazendo altos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, sendo que seus produtos já são lucrativos e dominam alguns mercados.
Assim, no lugar de gerarem uma inovação disruptiva, essas grandes empresas usam as inovações contínuas, quase cosméticas, que em alguns casos chegam a ser algo tão simples quanto lançamento de novas cores para um produto, por exemplo.
A inovação disruptiva é totalmente diferente, ela revoluciona o mercado ao introduzir inovações que resolvem problemas dos consumidores que os produtos anteriores não resolviam. Assim, exemplos clássicos de negócios disruptivos potencializados pela internet são o Airbnb e o Uber.
Perceba que o Uber não se trata apenas de mais um serviço de táxi, mas um serviço de transporte urbano que permite escolher seus motoristas, dar notas a eles, pagar preços diferenciados por horário e ainda emprega pessoas que desejam prestar estes serviços.
De forma semelhante, o Airbnb ocupou uma lacuna no mercado, tanto para quem aluga seu imóvel ou quarto, quanto para quem procura hospedagem: preço acessível, pouca burocracia, privacidade e uma forma ágil e prática de se achar (e anunciar) isso.
Essa é a grande sacada da inovação disruptiva: criar um novo mercado ao atender necessidades dos consumidores de forma mais econômica e com menos custos.
Os 7 elementos da inovação disruptiva
Pense no marketing de conteúdo. Vamos tentar interpretá-lo como uma inovação disruptiva e, em seguida, entender os elemento necessários para gerar este tipo de inovação.
O público precisa de informação e sempre está em busca dela para tomar decisões sobre a aquisição de produtos e serviços, por exemplo.
De outro lado, as empresas tentam divulgar seus produtos e serviços divulgando informações sobre eles. A maneira tradicional de fazer isso é por meio de anúncios em revistas e jornais, ou na televisão, interrompendo o entretenimento dos espectadores e leitores.
O marketing de conteúdo conseguiu criar uma nova solução, tanto para empresas como para consumidores, ao fazer com que as empresas criem conteúdos interessantes e relevantes em blogs que podem ser encontrados na internet pelos clientes, que estão interessados neles, e sem interrompê-los.
Essa sacada disruptiva é considerada uma das maneiras mais eficazes para transformar seu site em uma máquina de leads.
E se você duvida da eficácia dessa ferramenta de marketing digital, confirme a excelência de seus resultados analisando os KPIs de um e-commerce que utiliza essa tática.
Mas quais são os elementos que caracterizam as inovações disruptivas, afinal?
1- Clientes novos
A inovação disruptiva visa atender novos clientes, não que os antigos sejam desprezados, mas ao criar soluções que atendem necessidades antes negligenciadas, novos públicos se integram à sua clientela.
2- Alto investimento
Para gerar uma inovação disruptiva é preciso investir em pesquisa e desenvolvimento, no entanto, a solução em si deve ser de baixo custo para o cliente.
3- Sustentável em longo prazo
Exatamente por atender a um novo mercado, a inovação disruptiva se mantém relevante por muito mais tempo que uma mera inovação incremental.
4- Alto Risco
Exatamente por seu risco (alto investimento e incerteza se a inovação será aceita pelo mercado), a inovação disruptiva acaba sendo ignorada por empresas estabelecidas, tornando-se uma oportunidade de liderança disruptiva para empresas emergentes.
5- Retorno incerto
Por mais que se prepare e pesquise, uma inovação disruptiva sempre é incerta, algumas delas sendo redescobertas anos mais tarde e dando certo.
6- Gerar um novo valor
Enquanto a inovação incremental agrega valor a uma solução que já existia, a inovação disruptiva cria um novo valor, uma perspectiva que antes não era considerada
7- Criar, não apenas melhorar
As inovações disruptivas criam, é uma inovação real, não uma mera melhoria.
Agora que você entendeu todos estes conceitos, está preparado para gerar uma inovação disruptiva em seu negócio?
A inovação contínua ou incremental não vai manter seus clientes fiéis por muito tempo e logo você os estará perdendo para a concorrência. Seja disruptivo e surpreenda-os positivamente a cada inovação.
Este artigo foi escrito pela equipe da HEFLO, uma plataforma para modelagem de processos gratuita e baseada na nuvem.
O que você achou deste conteúdo?