Nas últimas atualizações o Google vem deixando bastante claro que sites quem pensam em SEO para dispositivos móveis ganham na corrida pelo bom posicionamento nos resultados de busca. Claro que a base do SEO continua sendo a mesma – é fundamental aplicar as otimizações on-page e off-page, que foram citadas ao longo da palestra, pois sem backlinks relevantes e um bom conteúdo nas páginas, não há otimização para mobile que acelere o rankeamento. Se no seu caso está tudo em dia, olhar também para a experiência dos usuários vindos de dispositivos móveis será mais uma ação de otimização que irá ajudá-lo e colocá-lo à frente dos concorrentes.
Aqui você verá cinco dicas especiais, de SEO para dispositivos móveis, que devem ser pensadas na hora de otimizar e também algumas dicas extras de ferramentas, artigos relevantes e outros. Lembre-se que este material e outros trazem ideias, mas cada site terá uma aplicação diferente e pensada de acordo com a sua realidade e o público-alvo. Como eu repeti diversas vezes, se é bom para o usuário, é bom para o Google, pois quem “entrega” o serviço é ele.
1.Defina como o seu site irá atender ao formato mobile
O próprio Google indica três maneiras diferentes de implementação de um site para dispositivos móveis. O seu site poderá utilizar uma exibição dinâmica, URLs diferentes ou design responsivo.
Exibição dinâmica
De acordo com o user agent (navegador) que solicita a página, o servidor irá retornar com um HTML diferente na mesma URL. São códigos diferentes, para dispositivos diferentes em uma mesma URL. Quando optamos pela exibição dinâmica, alguns erros podem ocorrer na hora de identificar o user agent, por isso fique atento, pois a experiência poderá piorar em vez de melhorar. Cuide para manter as substrings atualizadas e busque strings (linguagem) específicos para smartphones, para não haver uma confusão entre eles e tablets.
URLS diferentes
Nesse caso, o desktop terá uma URL e os dispositivos móveis terão outra URL para uma mesma página. Não há nenhuma regra que indique qual URL é mais relevante, elas só precisam estar de acordo com cada user agent. Aqui os códigos serão diferentes, assim como as URLs. Para que isso ocorra, é importante considerar redirecionamentos automáticos, tanto via HTTP ou JavaScript. Não podemos esquecer que URLs diferentes são sitemaps diferentes também.
Design Responsivo
Nesse formato o código será exatamente o mesmo, porém ele irá se ajustar ao tamanho/formato da tela. Neste caso é importante utilizar a tag viewport (ajuste por dispositivo), para indicar os ajustes na dimensão e na escala de acordo com o dispositivo. As URLs permanecerão as mesmas. Eu acredito que este seja o formato mais recomendado, pois não é necessário o uso de URLs diferentes, o que duplicaria também o sitemap, não é necessário repensar todo código e conteúdo e somente um user agent do Googlebot precisará rastrear a página.
2. Repense o seu Title e Meta Description
Os dispositivos móveis possuem telas menores e, por isso, os conteúdos precisam ser ainda mais objetivos para garantir a leitura completa. Pensando nisso, revise o title e a meta description das suas páginas para garantir que não estejam muito extensas.
No próprio desktop o Google já irá cortar caso você utiliza muito texto, mas em telas menores, quanto mais sintetizadas forem as informações, maior será a relevância e a eficácia diante do usuário. O importante é que ele entenda quem você é e o que está oferecendo. Informações mais completas podem ser fornecidas dentro do próprio site, aonde ele irá se aprofundar sobre o que está buscando e tirar qualquer dúvida que exista.
3. Acompanhe a performance do seu site
Ferramentas como o Google Analytics trazem informações altamente relevantes sobre o comportamento dos visitantes no seu website. Ele irá indicar dados importantes tanto de usuários vindos de computador, quanto àqueles que acessam através de smartphones ou tablets. É fundamental entender qual é o comportamento mais comum do seu usuário e, principalmente, a conversão no caso de e-commerces. Você poderá identificar alguma tendência com relação ao acesso através de dispositivos móveis ou não. Isso ajudará não só a identificar quais páginas serão otimizadas primeiro, mas também a entender se de fato é o momento de você dedicar tempo para otimização para dispositivos móveis.
Não é porque o uso de smartphones para acessar a internet vem crescendo, que esse será o comportamento do seu público também. Dependendo do tipo de conteúdo que você oferece, pode ser que o perfil seja diferente. Então antes de dedicar seu tempo, certifique-se da relevância.
4. Fique atento a erros comuns
Vou citar três erros bastante recorrentes quando se trata de otimização para dispositivos móveis. Claro que outros poderão existir, mas é importante destacar aqueles que ocorrem com maior frequência.
Erro na exibição do conteúdo
Vou começar recomendando o não uso de flash. Alguns dispositivos, como o iphone, não aceitam conteúdo em flash. Então, caso o usuário acesse o seu site e tente consumir um conteúdo neste formato, não irá conseguir e será uma experiência bastante frustrante. Então não corra esse risco. O Google recomenda o uso do HTML5 para esse tipo de conteúdo. O uso de tags padrão em HTML5 garante uma boa experiência ao usuário.
Erros 404
Pode ocorrer de, ao acessar uma página, o usuário se deparar com uma página de erro. Por isso, caso você tenha optado por URLs diferentes, é importante fazer um redirecionamento da URL desktop para a de dispositivos móveis, assim o erro 404 não será exibido. Nesse caso vale o lembrete de que o uso do design responsivo é sempre a melhor opção.
CTAs ou elementos de toque
Ao longo das páginas existem diversos links, botões e outros call-to-action nos quais o usuário irá clicar para acessar o que deseja. Lembre-se de não manter esses elementos muito próximos uns dos outros. Caso isso ocorra, é provável que ao clicar em um botão o usuário acabe atingindo outro, o que irá frustrá-lo e prejudicar a experiência. Ter cuidado com as dimensões irá evitar esse problema. O próprio Google dá algumas dicas para resolver isso.
5. Cuidado com os pop-ups
O Google está cada vez mais exigente com relação aos pop-ups nas páginas, principalmente aqueles que surgem quando o usuário está deixando o site e que cobrem a tela inteira. Essa é uma dica superimportante para desktops, mas deve-se tomar ainda mais cuidado com os dispositivos móveis, pois a tela é muito menor e a aparição de um pop-up será bastante incômoda. Não somente por conta da intervenção, mas também porque ele está sem acesso a um teclado ou mouse, então ele precisa ter espaço de toque para “fugir” daquela situação.
Dicas de ferramentas de análise
Open Site Explorer (Moz) – autoridade do site
PageSpeed (Google) – velocidade do site
SEO Certo (KingHost) – ajustes necessários no site
Mobile Friendly (Google) – compatibilidade com dispositivos móveis
Search Console (Google) – o site como um todo
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