Um confronto entre uma gigante varejista e a maior floresta tropical do mundo, por essa vocês não esperavam, não é mesmo? Essa é a situação ocasionada pela disputa pela extensão de domínio “.amazon”. [Atualização: leia no final do texto quem acabou ganhando a disputa]
Essa disputa surgiu em 2012, quando o ICAAN, organização independente responsável pela atribuição de nomes e números na internet, aprovou a liberação de endereços na internet no formato “.algumacoisa”, além dos que já conhecemos, como “.com”, “.net” e “.org”. Com isso, diversas corporações ao redor do mundo buscaram registrar essas extensões de acordo com o interesse da sua marca. A americana Amazon aproveitou para ter o controle de extensões como “.game”, “.kindle”, e claro o nome da companhia “.amazon”.
Mas você sabe o que são extensões de domínio? Confira agora nosso texto “Extensão de domínio: entenda tudo sobre”
Entretanto, o Brasil e os outros sete países da região amazônica entraram com a solicitação para que a extensão não seja monopólio de uma empresa e que fique disponível para utilização em websites de conscientização ambiental sobre a região amazônica. Em 2012 a decisão deu como favorável para os países da floresta amazônica e colocou o status de “não dar seguimento” ao processo aberto pela companhia americana.
Entretanto, em outubro de 2018, o processo foi reaberto, sob a afirmação da diretoria da entidade que havia encontrado um caminho de negociação entre os países membros da Organização do tratado de Cooperação Amazônica e a Amazon.
Para Virgílio Almeida, coordenador do CGI.br, não restam dúvidas de que esse domínio deva ser um bem do público da região amazônica. “Ressaltamos nosso posicionamento de que quaisquer outros domínios de topo que contenham valor cultural, geográfico ou patrimonial não devam ser delegados a entidades de caráter privado dissociadas do interesse público”, completa.
Agora que você entendeu a importância de registrar um domínio que seja a cara da sua empresa, aproveite e garanta o seu. Clique no banner abaixo e crie o seu.
E você, qual a sua opinião? A extensão deve ser de propriedade da floresta amazônica ou da empresa Amazon? Vote na nossa enquete abaixo e veja o resultado!
Atualização 22/05/2019: O conselho do ICANN publicou a aprovação do uso da extensão .amazon pela empresa americana Amazon e total controle sobre a mesma no dia 17 de maio de 2019. Entretanto, fica estabelecido que alguns termos estão bloqueados, para não haver conflito com a região amazônica e ainda disponibiliza 9 nomes de domínio com extensão .amazon para serem utilizadas pelos países membros da região amazônica (ACTO). Em nota publicada pelo Itamaraty, o Ministro das Relações Exteriores, demonstra sua insatisfação com a decisão. “Preocupa que uma decisão daquela entidade deixe de considerar adequadamente o interesse público identificado por oito governos, em particular a necessidade de defender o patrimônio natural, cultural e simbólico dos países e povos da região amazônica.” destaca o ministro.
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