Se você investe ou pretende investir em marketing no Google, preste atenção às mudanças e às alternativas para manter um bom retorno sobre seu investimento. Desde dezembro de 2015, o Google está testando eliminar a exibição de anúncios pagos na barra lateral da SERP, substituindo-os na página de resultados por apenas 4 anúncios pagos no topo da página.
Enquanto o Google alinha suas estratégias de navegação e exibição de conteúdo entre os dispositivos móveis e o desktop, anunciantes começam a perceber mudanças que já eram esperadas como consequência deste alinhamento. A primeira delas, já pode ser vista principalmente no que chamamos de “buscas comerciais”, ou seja, requisições de busca com intenção explícita de venda, como por exemplo: “comprar tênis para corrida”. Na prática: o Google testa na sua página de resultados exibir somente 4 anúncios pagos acima dos links orgânicos, ao invés da combinação anterior de 3 anúncios no topo + 8 anúncios na barra lateral. Em testes realizados até o momento, aproximadamente 20% dos resultados de busca já estão configurados de acordo com a nova proposta. A mudança engloba buscas em todos idiomas.
A mudança reforça tendências para 2016
Além de um inquestionável aumento na competitividade entre anunciantes do Google, podemos presumir outras três tendências importantes que a mudança autentica na web para 2016:
Do mobile para o desktop: A medida que os dispositivos móveis tornam-se nossa primeira tela (quando não a única), é fundamental que os projetos web sejam desenvolvidos primeiro para os dispositivos móveis, e então adaptados ao desktop, da concepção da navegação ao seu código de programação. A priorização para o desenvolvimento web foi invertida, e o Google chancela a inversão também alinhando sua página de resultados no desktop conforme é seu comportamento no mobile.
A experiência influencia a relevância: Quem planeja o marketing nas buscas atento somente aos robôs vai ficar para trás. Tanto na busca orgânica quanto na busca paga, ganham destaque anúncios e conteúdos que performam bem sob o ponto de vista de quem realiza as pesquisas: conteúdos originais (e que preenchem necessidades conscientes ou mesmo inconscientes), e aqueles que não somente conectam-se com a informação buscada, mas de fato com a tarefa que o usuário está tentando realizar.
A mídia se dissemina no conteúdo: Além da justificativa do alinhamento mobile e desktop, o aumento na competitividade pelos espaços publicitários pode ser muito interessante para o Google, enquanto refletir no aumento do investido por clique de seus anunciantes. O Google não perde seus anunciantes na transição, os mesmos apenas brigam por um número menor de espaços para aparecerem ao seu público-alvo. Sobre outro ponto de vista: sabendo que mais de 70% das conversões são realizadas a partir da busca orgânica, e não da paga, acrescidos pela crescente onda de publicações editoriais patrocinadas em blogs, sites e perfis sociais, este movimento de redução pode ser a semente de uma mudança ainda maior que está por vir na forma como o Google rentabiliza os seus serviços.
Alternativas para você testar
Entre as especulações sobre a recente da mudança, questiona-se principalmente o impacto dela nos pequenos e médios anunciantes, que vão perder poder de barganha nos leilões ao competir com marcas maiores pelos 4 anúncios no topo da SERP. Sem ainda podermos consolidar o quanto irão aumentar os CPCs (custo por clique), pensamos em alternativas indicadas para testar (ou reforçar) na busca e sustentar um bom retorno sobre seu investimento em marketing digital:
PLAs – Product Listing Ads: Os anúncios de produtos até o momento ficam fora da alteração, e seguem aparecendo na barra lateral, ou em carrossel acima do resultado orgânico. Para lojas virtuais, os anúncios de produtos podem tornar-se mais competitivos, por mostrarem mais itens nos resultados.
Extensões de anúncio: Aqueles links adicionais que aparecem abaixo da descrição de um anúncio, também permanecem. Portanto, você pode utilizá-los para promover mais links e chamar a atenção do usuário quando aparecer nos resultados.
Foco nos nichos: Se sua loja perder a competitividade no patrocínio de termos amplos, lembre-se que a competição diminui na proporção que se restringe o público alvo. Se você trabalhar com mercados e necessidades mais específicas, é mais provável que você consiga melhor performance para o seu investimento. Aqui você pode ler mais dicas para lapidar nichos online.
Mais orgânico: Na seção da página de resultados onde quem se destaca não é necessariamente que tem a maior verba publicitária, você pode competir investindo tempo – e não todo o seu orçamento – no diagnóstico e na melhoria do seu conteúdo de seu site, para ser encontrado.
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