Workshop: Deploy descomplicado de aplicações em VPS 🚀

CHMOD: o que são as permissões de arquivos no Linux e como configurá-las

CHMOD é um comando do Linux usado para definir permissões de arquivos e diretórios, controlando leitura, escrita e execução para usuários, grupos e outros. Ele garante segurança e organização no sistema, permitindo que apenas pessoas autorizadas realizem determinadas ações nos arquivos.
Publicado em 27/11/2025

Atualizado em 27/11/2025
Programador usando o comando CHMOD no sistema Linux no computador.

Quanto maior for a sua empresa, mais informações (e pessoas) dependem da forma que a segurança de dados e controle de acessos são feitos. E é exatamente por isso que você precisa de uma gestão eficiente, que pode ser feita com o CHMOD.

Esse comando é uma das referências quando o assunto é gerenciamento de informações com eficiência. 

Com ele, é possível alterar, por exemplo, quem pode ler, editar ou executar itens em um sistema. Para entender como o CHMOD funciona, é só seguir a leitura!

O que é CHMOD?

O comando CHMOD (change mode) é uma instrução do Linux utilizada para alterar permissões de leitura, escrita e execução atribuídas a usuários, grupos e outros perfis de acesso dentro de um sistema.

Na prática, ele atua diretamente sobre a camada de segurança do sistema de arquivos e define como cada recurso pode ser manipulado.

Para que serve o comando CHMOD?

Se você já precisou ajustar quem pode acessar ou modificar arquivos em seu sistema, sabe como isso pode ser confuso. 

O comando CHMOD foi criado exatamente para simplificar esse processo. Vamos explorar para que ele serve e como ele facilita o controle de permissões.

Controle de leitura

A permissão de leitura determina quem pode visualizar o conteúdo de um arquivo ou listar itens presentes em um diretório.

Esse controle é fundamental quando diferentes departamentos utilizam o mesmo servidor, mas devem manter suas informações isoladas.

O CHMOD permite liberar apenas o necessário, preservando dados estratégicos enquanto mantém o fluxo operacional.

Controle de escrita

A permissão de escrita define quem tem autorização para alterar, remover ou acrescentar conteúdo. No caso de diretórios, indica se o usuário pode criar novos itens dentro dele.

Em pipelines de automação, por exemplo, liberar escrita apenas ao serviço responsável evita que intervenções manuais acidentais modifiquem arquivos críticos ou causem inconsistências em processos já validados.

Controle de execução

Sem essa permissão ativa, o arquivo não pode ser iniciado, mesmo que o conteúdo esteja acessível.

Esse tipo de restrição é comum em servidores de produção, onde apenas executáveis aprovados devem rodar.

Assim, o CHMOD ajuda a garantir que somente processos permitidos sejam acionados, evitando cargas indesejadas ou ações fora do escopo.

Quais os tipos de CHMOD?

O CHMOD oferece várias opções de configuração que determinam o acesso a arquivos e pastas. Saber diferenciar cada tipo permite controlar melhor as permissões no seu sistema. Vamos explorar quais são essas possibilidades e como elas funcionam.

  • Modo simbólico: utiliza letras e sinais para indicar quais permissões serão adicionadas, removidas ou redefinidas para cada categoria de usuários;
  • Modo numérico: baseado em valores octais, que permite configurar permissões por meio de códigos numéricos representando combinações de leitura, escrita e execução;
  • Permissões especiais: adicionam atributos como SUID, SGID e Sticky Bit, usados para comportamentos avançados em diretórios e executáveis.

Saiba mais: Como configurar SSH: domine o acesso ao seu servidor

Qual a diferença entre CHMOD e Chown?

Embora esses comandos falem sobre controle de acesso, cada um possui objetivos diferentes.

O CHMOD modifica permissões, definindo o que cada categoria de usuário pode realizar. Já o chown altera o proprietário e o grupo associado a um arquivo ou diretório.

Ou seja, o CHMOD trabalha sobre como o acesso acontece, enquanto o chown lida com quem tem controle primário sobre o item.

Em ambientes corporativos com serviços compartilhados, é comum que o diretório seja administrado por um grupo específico.

Nesse caso, o chown muda o dono para esse grupo, e em seguida, o CHMOD finaliza o ajuste definindo quais operações são liberadas para cada categoria.

Como ver permissões no Linux?

Para consultar as permissões atuais, você deve usar o comando ls -l, que apresenta uma lista detalhada de arquivos e diretórios, acompanhada de informações sobre permissões, dono, grupo, tamanho e data de modificação.

A saída inclui um bloco inicial com caracteres como r, w e x, que indicam a permissão de leitura, escrita e execução, nessa ordem.

A interpretação desses caracteres permite identificar na mesma hora se existe algum acesso indevido ou mesmo se as regras foram configuradas de maneira incorreta.

Veja também: Hospedagem de sites: diferença entre Linux e Windows

Qual a permissão – r –?

A expressão – r – representa uma série de permissões no qual apenas a leitura está habilitada, sem possibilidade de escrita ou execução.

Falando em segurança da informação, esse nível é comum para dados e arquivos que precisam ser consultados, mas não alterados, como logs históricos, manuais internos ou documentos sensíveis.

Quais os cuidados você deve tomar com o comando CHMOD?

Muitas vezes, a pressa ao usar comandos de terminal pode gerar problemas sérios. Confira os cuidados que ajudam a evitar riscos e garantir que seu sistema permaneça protegido.

Evitar permissões excessivas

Liberar acesso total (como quando se aplica CHMOD 777) pode expor arquivos sensíveis a qualquer usuário, processo ou aplicação.

Embora essa prática seja comum em ambientes de teste, ela representa risco em servidores corporativos. Conceder mais permissões do que o necessário cria vulnerabilidades fáceis de explorar e pode comprometer sistemas inteiros.

Verificar o proprietário antes de ajustar permissões

Alterar permissões sem validar quem é o dono do arquivo pode causar inconsistências na estrutura de acesso.

Em muitos casos, o proprietário não deveria ter certas liberdades, enquanto o grupo responsável precisa delas.

Revisar o proprietário e o grupo antes de aplicar o CHMOD evita conflitos e mantém a coerência entre regras de segurança e operação.

Entender o impacto em diretórios

Diretórios têm comportamento distinto de arquivos e, por isso, conceder escrita em um diretório permite criar, mover ou excluir itens internos, mesmo que o arquivo em si tenha permissões restritas.

Ou seja, pode acabar gerando brechas inesperadas, principalmente em áreas usadas por diferentes serviços. Avaliar o contexto antes de liberar escrita é essencial para não abrir caminhos indevidos na estrutura.

Cuidado com permissões herdadas

Em operações que envolvem muitos scripts ou automações, permissões podem ser herdadas sem querer ao mover ou criar arquivos. Dependendo do diretório, regras como SGID podem transferir atributos para novos itens.

Ignorar esse comportamento resulta em permissões fora do padrão esperado. Por isso, é importante sempre validar as herdadas, o que garante que os arquivos mantenham coerência com a política de segurança definida.

Pensar no que é entregue ao usuário final é sempre importante, mas os gestores devem também olhar para o que acontece por trás da operação, fazendo todas as configurações adequadas. Dentro desse cenário, o CHMOD é um comando essencial.

Falando sobre o ambiente Linux, você encontra os melhores planos do mercado para essa tecnologia com a KingHost!

O que você achou deste conteúdo?

O que você achou deste conteúdo?

Equipe
Equipe KingHost
Equipe
Equipe KingHost

Compartilhe esse conteúdo com alguém que possa gostar também

Receba todo mês conteúdos
incríveis como esses para
seguir evoluindo

Conteúdos relacionados

Entender o que é uptime é basicamente falar sobre a disponibilidade, tempo ativo ou tempo de funcionamento, por exemplo, de uma página. É uma métrica que você precisa saber na hora de definir a hospedagem do seu site. Um dos grandes benefícios do mundo digital é estar sempre disponível para que os clientes possam conhecer,...
A escolha desse tipo de solução faz sentido quando se precisa de mais flexibilidade, boa performance e a liberdade de configurar detalhes de software, banco de dados ou pacotes de segurança. Assim, a hospedagem VPS se apresenta como um caminho intermediário entre o compartilhado e o dedicado. Entender o que é hospedagem VPS (Servidor Virtual...
Escolher o frete certo para um e-commerce é a chave do sucesso para aumentar a taxa de conversão do seu negócio. Optar por uma única modalidade de entrega ou trabalhar com um número menor de transportadoras é um erro muito comum entre lojistas iniciantes, mas que pode ser resolvido facilmente por meio de uma ferramenta...
As agências enfrentam o desafio constante de gerenciar múltiplos sites de clientes, cada um com suas próprias necessidades e questões específicas. Nesse contexto, um sistema de monitoramento web pode ajudar muito, tornando essa administração mais eficiente. Cada minuto fora do ar, pode resultar em perdas significativas. Por isso, manter todos esses sites funcionando perfeitamente, sem...

Mensagens para você